Cantor alagoano tenta patrocínio para se apresentar em Brasília

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Já faz alguns meses que o nome Bruno Berle está presente por todo o país, entre grandes sites, pequenos blogs e emissoras de rádio, arrancando elogios com as composições sinceras e românticas presentes em seu álbum de estreia, Arapiraca, Maceió, 2013 – que, mesmo com um lançamento na metade de dezembro, figurou em algumas listas de melhores de 2014.

Este mês o cantor alagoano foi convidado para tocar suas canções na sala Cássia Eller, na Fundação Nacional de Artes (Funarte), em Brasília. É uma grande oportunidade e honra para o cenário musical alagoano, porém, o anseio do artista corre o risco de ser frustrado. O valor das passagens ultrapassa o valor do cachê, inviabilizando a compra das mesmas. O artista apela para empresários alagoanos que queiram patrocinar sua viagem à capital federal.

Conhecido em Alagoas como voz e baixo da banda Troco em Bala, Berle tem seu trabalho solo comparado a outros grandes nomes da música brasileira de hoje, como Rodrigo Amarante, Hélio Flanders, Cícero e Phill Veras. Como eles, o artista de 21 anos investe em músicas autorais de estética orgânica, com som puxado para o que alguns chamariam de “lo-fi”, sem perder a identidade de algo feito no Brasil nesta década.

Ele cita como influência ainda José González, Nick Drake, Paul McCartney e Andrei Tarkovski. Ouvir Bela 2 ou Anti-Amor – os dois singles lançados antes do álbum – dá uma boa pista para a honestidade de seus versos, a agradabilidade de suas melodias e também a beleza de seu trabalho como um todo.

Arapiraca, Maceió, 2013 foi produzido por Filipe Barros Mariz, seu companheiro de banda, e lançado de forma totalmente independente. O disco está disponível para streaming nos principais serviços de busca, assim como para download no Bandcamp.