Brinquedos não eletrônicos no Natal: uma opção incrível para o desenvolvimento das crianças

Foto: master1305 - Freepik

Para muitas famílias, o fim do ano representa uma época cheia de expectativas, não somente pela reunião de parentes e amigos, os encontros e confraternizações, mas também por proporcionar momentos que revivem memórias afetivas, brincadeiras e a criação de recordações com as novas gerações.

Crianças, principalmente até os 7 anos, vivenciam o Natal como um momento mágico que inclui no cotidiano lúdico e fantasia. “Por meio dos símbolos, meninos e meninas podem viver de maneira leve e amorosa princípios espirituais, para além dos presentes”, explica Aline De Rosa, especialista em desenvolvimento infantil integrativo. “Quando as crianças têm a possibilidade de viver essa experiência, criam memórias afetivas que ajudam a se reorganizarem como indivíduo, relembrando o pertencimento a um núcleo social e adquirindo segurança e chão firme para pisar por toda vida adulta”, argumenta.

É nessa época do ano que os pais também estão focados em presentear os filhos. De acordo com a All in, em parceria com a Opinion Box, 81% dos consumidores brasileiros devem presentear alguém no dia 25 de dezembro e 52% das compras será para os filhos, sendo o setor infantil um dos mais citados pelos entrevistados. A época pode ser propícia para optar por um brinquedo não eletrônico, ajudando também no desenvolvimento das crianças. “Quando um brinquedo é inacabado, sem pilhas ou não se move sozinho, a criança precisa exercitar sua força de vontade para terminá-lo ou construí-lo e esse brincar exige dela quem é e o que pensa, colocando futuramente essas descobertas em sua vida pessoal, profissional e no relacionamento com outras pessoas”, esclarece a especialista.

Aline De Rosa também reforça que os pais devem proteger o ambiente dos filhos para que eles tenham espaço e tempo para se relacionar com esses brinquedos. “Brincar é natural e é necessário um local com quase nenhum ou pouco brinquedo com pilhas ou que sejam ligados na tomada, sem exposição às telas, para que os pequenos vivenciem o tédio, tão importante para seu desenvolvimento”, orienta.

Pensando em auxiliar os pais nessa tarefa de presentear os filhos nessa época, a especialista tem sugestões de brinquedos não eletrônicos por faixa etária e que podem ser sinônimo de desenvolvimento infantil e diversão. Confira:

 

1 a 3 anos: blocos, brinquedos de encaixe, empilhar e derrubar, como por exemplo formas. “Nesse período o aprendizado é de causa e consequência, quando empilho demais… cai. O círculo só entra no local do círculo… Esses jogos desenvolvem a psicomotricidade motora e o racional de como funciona a própria vida”, elucida Aline.

3 a 5 anos: quebra-cabeças. “Nessa idade eles se interessam por brincadeiras mais longas e quebra-cabeças maiores e de madeira, com peças não tão sensíveis ao toque, são uma ótima opção. Os pais podem se sentar com os filhos nas primeiras vezes e mostrar o quanto a brincadeira é importante ao mesmo tempo que dão espaço para a criança se relacionar com o brinquedo”, complementa.

A partir dos 5 anos: jogos de tabuleiro e cartas podem fazer parte do cotidiano de crianças não alfabetizadas, que identificam formas, cores e regras simples. Esses brinquedos podem ser levados à espaços coletivos, como restaurantes, distraindo sem a necessidade do celular ou tablet. “Esses brinquedos exigem mais tempo, concentração, capacidade de organização interna (como esperar a vez), paciência e uma vez que os pequenos entendem as regras também interagem com outras crianças”, finaliza a especialista.

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