Diabetes infantil pode ser controlada com auxílio dos pais

No Brasil, cerca de 10% da população diabética é composta por crianças e adolescentes

Um dos países recordistas na disseminação da Diabetes, onde cerca de 7% da população é portador diagnosticado, o Brasil vê a faixa etária de 0 a 17 anos crescer nas pesquisas nos últimos anos: 1,3 milhão de crianças e adolescentes sofrem com o excesso de açúcar no sangue. Os pais, como detentores da autoridade, têm o papel fundamental para combater e controlar estes números: cabe a eles serem “os heróis da história”.

Alimentação irregular, falta de exercícios físicos e descuido com a saúde. O cotidiano corrido é um dos fatores causadores da predisposição do brasileiro ao Diabetes. O outro fator que desenvolve o aparecimento da doença é a incidência genética, transmitida por gerações nas árvores familiares. Este é o responsável principal pelo Diabetes tipo 2, mais comum entre a faixa etária que não alcançou ainda a maioridade. Mas, independente da origem, o Diabetes pode ser controlado.

A endocrinologista do Hapvida Saúde Isabela Barreto alerta que os pais devem ser os principais incentivadores para a melhoria dos hábitos dos filhos. “Matricular a criança em algum esporte no colégio é importante, pois, periodicamente, ela estará ativando o metabolismo e ajudando a manter o peso ideal. A não ingestão de refrigerantes e alimentos fastfood é outro ponto primordial no controle da doença”, conta. Quando eles dão o exemplo, a criança tende a cooperar no tratamento. Ela indica também visitas anuais ao pediatra, além do acompanhamento do profissional endocrinologista.

No caso de Diabetes gestacional, a alteração de alguns hábitos pode ser fundamental para que a criança não desperte a doença em seu organismo. Evitar frituras e o excesso, tanto de sal quanto de açúcar, contribui para uma gestação e vida mais saudável.

Grávida do primeiro filho, a jornalista Thayanne Magalhães, de 28 anos, foi estimulada por sua ginecologista a mudar toda sua dieta. “Ela pediu para eu não exagerar no doce, pois minha avó paterna era diabética e o bebê pode herdar e já nascer portador”, contou Thayanne, cujo peso ganho nas 12 semanas de gestação não ultrapassou o estipulado.

A má alimentação na gravidez pode influenciar a Diabetes. A endocrinologista Isabela Barreto lembra que o controle dos alimentos ingeridos deve ser feito, antes mesmo de constatada a obesidade gestacional. “Com acompanhamento pré-natal e exames pode-se detectar a possibilidade do Diabetes, então é necessário que a mãe esteja em dia sempre em dia com eles, prevenindo a sua própria saúde e também a do bebê”, conclui.

Algumas verdades sobre a Diabetes:

– A aplicação da insulina ajuda a controlar a doença e é essencial para o tratamento. É ela que leva a glicose para dentro das células e distribui para o resto do organismo. A ‘furadinha’ é quase indolor, não sangra e não causa dependência química.

– Diabéticos controlados podem sim ingerir açúcares simples, como a sacarose e a frutose, que são encontrados em alimentos naturalmente adocicados, a exemplo do mel e da cana-de-açúcar. Mas eles devem compensar na dieta, com a ingestão de carboidratos. A exceção é para aqueles que estão na fase inicial da doença.

– O diabetes não é contagioso, isto é, não passa de uma pessoa a outra pelo contato oral ou pelo ar. No entanto, existe a possibilidade de incidência genética, passado de pai para filho.

– Deve-se substituir o açúcar pelo adoçante, mas sem exageros.

– É possível controlar o Diabetes durante a gestação. Basta que a gestante esteja com o pré-natal em dia e reduza a ingestão de doces, assim como tenha uma alimentação saudável.

Por Assessoria

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.