Mude sem escovar

Olá, gente! Vamos falar sobre um tema diferente hoje? Talvez eu ainda não tenha me apresentado a vocês como militante do combate ao racismo, e aqui estou hoje, para esse fim. Não sei se vocês sabem, mas o racismo existe há mais de 2 mil anos. Uma dica para entender melhor esse assunto é a Coleção Feminismos Plurais, onde Djamila Ribeiro reúne mais que autores, filósofas brasileiras que pesquisam o assunto, tem apenas 2 homens escritores, pois o foco é tirar mulheres negras filósofas da invisibilidade. Uma outra dica, para quem gosta de uma linguagem mais universal, é o Homo Sapiens, de Yuval Noah Harari. Indiretamente, ele  denuncia o racismo como algo intrínseco a nós, evoluídos, “homo sapiens”. Mas afinal, o que os cabelos tem a ver com o racismo?

Daí você pensa: quer dizer que toda a existência desse país chamado Brasil, já é permeado pela existência do racismo? Sim. Infelizmente. Se o Brasil foi colonizado há pouco mais de 500 anos e o Racismo está presente no mundo há mais de 2 mil anos, então quem trouxe o problema, se não os colonizadores?

Pois bem, para se falar de assumir o cabelo natural, é preciso atentar para esses detalhes que deixamos passar, não dando a importância que eles tem. Uma breve prova da adequação do povo brasileiro, após a miscigenação, são esses utensílios que deram origem às escovas, chapinhas e modeladores que temos hoje:

Utilizados durante a escravidão no Brasil por uma família de clientes, que possuem os itens originais (essas são réplicas que recebi), esses equipamentos cumpriam o dever de adequar pessoas negras ao modelo europeu. Por isso aceitar o cabelo natural é ser dona de si e do próprio corpo. Não escovar é um ato político, não se resume a um ato estético.

E se assumir é dolorido, difícil e incompreensível, conte comigo para te acompanhar nessa jornada.

Para terminar, gostaria de compartilhar com vocês esse link para o Youtube em que amplio essa discussão e mostro uma mudança de visual minha, com referência na nossa identidade de origem africana:

Cliquem e assistam e espero que possam refletir mais sobre a importância de quebrar padrões e aceitar o cabelo natural seu ou de seus filhos. Aguardo seu joinha e compartilhem! 😉

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