Atendimento multicanal e parcerias com grandes empresas têm fortalecido o E-commerce para empresários nordestinos

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O comércio eletrônico é um mercado de constante mudança, pois precisa se adaptar as tendências que surgem no mundo, seja na área de produtos, marketing ou logística. Por ser um ambiente competitivo e de rápida evolução, com o comportamento de compra muito voltado para o online, 2022 promete ser um ano voltado para o digital. 

O crescimento do E-commerce já vem acontecendo de forma acelerada desde o seu surgimento, com porcentagens acima dos dois dígitos. O ano de 2021, em relação a 2020 teve um aumento em torno de 30% das vendas e não tem perspectiva de diminuição dessa velocidade porque a participação do comércio eletrônico no varejo total ainda é muito pequena, não chegando nem a 15% do varejo brasileiro. 

No entanto, o consumidor brasileiro já incorporou o e-commerce, buscando oportunidade nesse tipo de comércio, o que obriga as empresas a se prepararem para suprir essas necessidades. Logo, existem tendências que prometem aumentar o consumo por meio do digital neste ano de 2022. O especialista em mercado digital Cleber Carvalho salienta que esse é um costume anual e que invariavelmente tem um pouco de tecnologia, logística e um foco no atendimento ao consumidor como apostas para as novas tendências. 

“Como o comércio eletrônico vem amadurecendo bastante ao longo dos anos, significa que mais empresas entram no jogo, ou seja, fica mais competitivo. E quando há uma competição é preciso melhorar o nível de serviço interno e externo para poder ser lembrado pelo consumidor na primeira compra, os chamados consumidores ocasionais, mas principalmente nas compras posteriores, se posicionando como uma das tendências para este ano”, pontua Cleber.  

Cleber Carvalho – Especialista em mercado digital

Por conta disso existem diversas preocupações para o empresário que se preocupa com a última linha do negócio que é a rentabilidade e que possuem são margens bem apertadas. “Quando se fala de lançar mão desse lucro para abrir uma nova unidade do negócio, o empresariado precisa se preparar com estudo, com assessoria e consultoria que irá o fazer ganhar tempo e diminuir o número de erros na preparação”, salienta.  

Mesmo com as adversidades, Cleber Carvalho aponta que existe em Alagoas uma evolução interessante na perspectiva do empresário em se lançar no digital. Logo, ele aconselha que na maioria da vezes não é preciso pensar em uma realidade de vendas no Brasil inteiro, mas principalmente criar sua presença digital no ambiente regional. Inclusive a região nordeste se consolidou até o primeiro semestre de 2020 como a segunda maior consumidora do e-commerce no Brasil. Isso se configura como um espaço gigantesco para que os empresários nordestinos ofereçam seus produtos e serviços de maneira adequada. 

Apesar de ser uma nova tendência, empreender no e-commerce não é muito diferente do comércio físico, pois mesmo sendo uma loja de varejo que tem dinâmicas diferentes, existe a mesma preocupação de oferecer ao consumidor produtos e serviços de boa qualidade. “É necessário sempre melhorar o nível de experiência do consumidor na venda, que pode ser feito através de cadastro de produto, tecnologia das plataformas e por inteligência artificial. Na loja física existe o vendedor para dar a atenção que o cliente precisa, já no e-commerce não tem essa figura, mas existem muitas formas de falar com o consumidor, como por exemplo a personalização de navegação, oferecendo coisas que são tendências para que aquele consumidor compre, diferente do que outra pessoas está vendo no mesmo site”, esclarece o especialista Cleber Carvalho. 

Essas são ferramentas que fazem com que o mercado digital tenha a necessidade de estar sempre no ponto mais alto da preocupação do empresário na hora que ele vai pensar em abrir um comércio eletrônico. O especialista ainda complementa dizendo que não ver uma migração do físico para o digital, mas um modelo híbrido, onde o consumidor encontra o produto ou serviço no digital, mas quando se tem uma operação física faz sentido trazer a experiência acumulada dos anos no varejo físico para o online. Isso possibilita o atendimento multicanal, que é outra tendência para 2022, onde as empresas se especializam na multiplataforma para o consumidor escolher se quer ser atendido na loja física ou pelas redes sociais de forma online. 

Quando se fala de exportação, é utilizada a mesma dinâmica e técnicas de logística do mercado interno. É preciso ter uma estrutura base que vai permitir que o consumidor faça uma navegação correta, como por exemplo ter a opção de mais idiomas nos sites, mas principalmente contar com uma série de parcerias de operadores logísticos. A questão é ter muito claro como será a apresentação do produto e entender como eles funcionam nos canais de vendas estrangeiros. 

Por fim, as parcerias entre grandes empresas e pequenos empresários também se apresentam como proveitosos e uma tendência forte para os próximos anos. Os números mostram um canal extremamente forte chamados de marketplace, que é quando uma grande empresa não tem um produto, mas possui uma audiência muito grande que leva o consumidor ao ambiente de vendas de um parceiro, colocando o produto a ser vendido através de um canal conhecido por uma pequena comissão. 

Segundo Cleber, esses canais de marketplace foram responsáveis em 2020 e 2021 por 80% de todas as transações feitas no comércio eletrônico brasileiro. “Essas transações passaram por eles, mas foram disseminadas nos mercados locais, que é uma tendência na busca do consumidor e um mercado muito forte para os empresários nordestinos. O consumidor online está buscando cada vez mais a compra de bens e serviços na sua comunidade. É uma oportunidade de lojas pequenas e médias ampliarem a sua área de atuação porque o consumidor quer uma entrega mais rápida e está buscando fortalecer a sua rede no bairro ou na própria cidade, através dos canais digitais”, finaliza. 

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