Como agir diante da ansiedade e do medo das crianças no atendimento odontológico?

Foto: wayhomestudio - br.freepik.com

No último texto, tratamos do medo e da ansiedade infantil frente ao tratamento odontológico e oferecemos algumas dicas de como agir antes da consulta, a fim de deixar esse encontro mais leve (se não leu, confere no site). No entanto, se, mesmo com toda a conversa, ações e atitudes tomadas em casa, as crianças ainda chegarem com receio da consulta, chorando e bem apreensivas, como devemos agir?

Gostaria de destacar que algo priorizado nas minhas consultas é a EMPATIA, ou seja, me coloco no lugar da criança e tento entendê-la, escutá-la e acolhê-la. Vocês, como pais, e eu, como profissional, precisamos entender aquela situação nova a que a criança está exposta e compreender o processo. Vamos com calma, no tempo dela e criando o vínculo necessário.

Na minha primeira consulta, eu deixo a criança bem à vontade, sem pressa para ir ao atendimento. Faço uso do lúdico, com bichinhos, músicas, histórias, pinturas, entre outros recursos, para que ela se familiarize e se conecte comigo. Eu tento, ao máximo, deixar aquele momento prazeroso e encantador e, aos poucos, nossa amizade e vínculo vão sendo criados. Claro que, às vezes, precisamos ser assertivos a agir logo no tratamento. É preciso ter o equilíbrio no desenrolar da consulta, para que o melhor seja feito.

 

E então, como os pais podem ajudar?

  1. Não tenham pressa pela resposta do seu filho. Aos poucos, eles vão conhecendo o lugar, se ambientando e se permitindo;
  2. Não ignorem a criança, assim como não reclamem ou ridicularizem aquela situação;
  3. Tentem acolher, estar junto e apoiar. Nós, pais e adultos, somos o porto seguro de que eles precisam;
  4. Parabenizem e vibrem por toda ação que a criança deixar acontecer. O reforço positivo é fundamental;
  5. Se preciso for, a contenção física é um método seguro e eficaz que pode ser feito para a realização do tratamento. Porém, não façam uso de palavras que remetam a um castigo, como “você não deixou por bem, agora vai ser assim!”.

Enfim, vamos, juntos, tornar o momento da consulta algo encantador e desejado, para que a criança espere alegremente pelo seu retorno e, assim, consigamos que ela seja participativa e protagonista no processo de prevenção e cuidados com a saúde bucal.

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