Atividade física diminui consumo de medicamento por idosos

No Dia Nacional do Idoso a dica é ter longevidade com saúde

 

Em tempos que a expectativa de vida tem aumentado chegar à fase idosa com longevidade tem sido um desafio. E a prática da atividade física é uma excelente ferramenta para quem quer ter saúde, disposição e vida longa, mesmo após os 60 anos.   

É o que faz a dona Maria Frutuosa de Vasconcelos, aposentada. Aos 90 anos, ela pratica atividade física quatro vezes por semana. Toda segunda-feira e quarta-feira, das seis às sete da manhã, ela participa do Programa +1K, do Hapvida Maceió na Praça Centenário. “Eu caminho, corro, faço dança e não quero parar, se não ‘entrevo’”, disse dona Frutuosa.

Tem mais de 30 anos que dona Frutuosa pratica atividade física e sente os efeitos positivos. “Me sinto muito bem. Disposta e muito animada.”, conta a aposentada. Ela toma poucos remédios: somente cálcio e uma coisinha pra dor, às vezes. Dona Frutuosa não tem hipertensão e a diabetes é totalmente controlada.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida ao nascer, em 2019, é de 80 anos para as mulheres e de 73 anos para os homens. Isso demonstra que o povo brasileiro está vivendo mais.

Para o profissional de educação física e coordenador do Programa +1K, do Hapvida Maceió, Sidney Pereira, a prática da atividade física traz bem-estar e qualidade de vida. “A recomendação é que todo idoso faça seus exames clínicos e procure um profissional capacitado para auxiliar na escolha da prática esportiva”, explica o especialista.

Na opinião de Sidney, as atividades mais recomendadas para os idosos são as de pouca intensidade, sempre fazendo o controle de carga, de leve à moderada. Para ele, “normalmente, o idoso chega com alguma patologia e precisa fazer a atividade física para reduzir os efeitos da doença”.

Diabetes, hipertensão, problemas cardíacos e até osteoporose são algumas das doenças que podem ser minimizadas com a prática da atividade física. “Além de diminuir o consumo contínuo de medicamentos, há fortalecimento dos ossos e aumento da tensão muscular. Não tem resultado melhor”, comemora o profissional da educação física.

 

ATIVIDADES – Os benefícios são inúmeros. E para o professor Sidney, o ideal é fazer atividades de baixo impacto, a exemplo de hidroginástica, andar de bicicleta, fazer uma caminhada com menos intensidade.

A musculação também é recomendada, pois leva à calcificação óssea e produz osteoblastos, o que aumenta o fortalecimento dos ossos. Durante a fase idosa há um enfraquecimento do quadríceps, por isso é comum o registro de quedas provocando fratura de fêmur ou de quadril.

“Hoje temos vários casos de idosos que começaram a prática da atividade física, mudaram sua capacidade de locomoção e pegam até mais peso que alguns jovens. Precisamos pensar em longevidade, mas com saúde”, afirma Sidney.

O objetivo é fazer com que a população se mantenha em movimento e envelheça com saúde. “Queremos incentivar a prática da atividade física para evitar que não se perca movimentos funcionais, como levantar o braço, sentar e ficar em pé e se deslocar naturalmente”, finaliza Sidney.

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