Saúde mental e atividade física

Foto: Emma Simpson - Unsplash

A cada ano ressalta-se mais a importância da inclusão do exercício físico na rotina das pessoas. Campanhas de incentivo e alerta, no âmbito da saúde, bem-estar e qualidade de vida são criadas para conscientizar sobre a importância de se mover. E claro, no cenário atual de isolamento referente à pandemia, a saúde mental e física receberam atenção redobrada. De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) os transtornos mentais são responsáveis por mais de um terço do número total de incapacidades das Américas​. Dentro dessas perspectivas, o Brasil se encontra em quinto lugar entre os mais depressivos e é considerado ​o país mais ansioso do mundo​, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), acometendo em maioria o público feminino. 

Cuidar da alimentação e hidratação, aprender a gerenciar as emoções, estabelecer metas realistas, cercar-se de boas companhias, manter o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, e praticar atividade física, são alguns hábitos que ajudam a melhorar nossa saúde mental e minimizar os quadros de ansiedade, depressão, transtornos de humor, pânico, TDHA, entre outros. Um estudo da Escola de Saúde Pública de Harvard descobriu que apenas 15 minutos de caminhada ao dia reduzem os riscos de depressão em 26%. Abaixo, cito alguns benefícios da prática física no âmbito mental:

Redução do estresse

As alterações no nível de cortisol (hormônio do estresse) causam dificuldade na aprendizagem, aumento de peso, lapsos de memória, diminuição do apetite, fadiga, fraqueza, desejo repentino de comer doces, e depressão. Além de reduzir os níveis de cortisol, a atividade física relaxa o corpo e a mente;

Melhora no sono e humor

A prática melhora a qualidade do sono, diminuindo a insônia e ajudando a estabelecer uma rotina através da liberação hormonal que influencia no sono-vigília. A privação do sono afeta o humor, trazendo mais indisposição no dia-a-dia, fadiga, irritabilidade, alterações hormonais, aumento de peso, estresse, sonolência, confusão mental, dor muscular, e mais efeitos colaterais negativos;

Memória mais ativa e prevenção de doenças

A capacidade aeróbia tem relação direta com a melhoria nas funções cognitivas devido à contribuição do exercício na integridade do cérebro e do sistema cardiovascular, melhorando o tempo de reação, a força muscular e a amplitude de memória. Ao praticar exercícios principalmente entre os 25 e 45 anos, conseguimos aumentar substâncias químicas do cérebro que previnem a degeneração dos neurônios, logo, prevenimos o mal de Alzheimer e outras doenças;

Equilíbrio hormonal e alívio nos sintomas de transtornos

Para saúde mental, a atividade física atua diretamente na produção dos hormônios da felicidade. O neurotransmissor mais conhecido por nos trazer alegria e influenciar em nossas emoções de maneira positiva é a serotonina. Entre os seus benefícios estão: diminuição do estresse, redução de dores de cabeça e enxaquecas, promoção da saciedade, alívio dos sintomas da TPM, melhora do bem-estar e favorecimento do relaxamento. Já a dopamina trabalha na regulação do humor e do estresse, controle das funções motoras, exercício da memória, melhora da concentração e do apetite. E por fim, a endorfina, que regula funções do sistema nervoso, garantindo também o relaxamento e a reação do corpo à tensão;

Mais motivos para começar, recomeçar, manter, e/ou experimentar novas atividades? Nosso corpo foi criado para estar em constante movimento… E equilibrá-lo com a mente é um desafio fundamental para uma vida plena.

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