Três dicas simples de autocuidado durante a pandemia – Parte 1: A saúde do corpo

Foto: Anthony Tran - Unsplash

As coisas mais valiosas e essenciais para a nossa saúde são gratuitas: a luz solar, o oxigênio, a atividade física e o repouso. Mesmo a água, que cai do céu, e o alimento que nasce da terra. Mas em algum ponto do caminho dificultamos os processos, usurpamos a simplicidade, criamos fugas, barreiras. Um dos mais famosos obstáculos da vida cotidiana se chama “falta de tempo”.

Hoje em dia nos falta tempo inclusive para respirar. E isso resulta em ansiedade e doenças. Cultivar a saúde é tarefa diária. E é muito mais simples do que parece.

Tome sol

Sempre que possível, especialmente nos horários mais recomendados – pela manhã e após as 15h. As áreas do corpo de maior absorção de Prana (energia vital) da luz do sol são: a sola dos pés, a palma das mãos, a nuca e a barriga. A luz do sol produz vitaminas no seu corpo, aumenta a sua imunidade, te energiza, te revigora, espanta as energias densas e literalmente te faz brilhar!

Respire devagar e profundamente

Respiração profunda é sinônimo de longevidade e tranquilidade. Pessoas ansiosas respiram de maneira curta e acelerada, o que impede que o oxigênio chegue mais profundo aos seus pulmões, enfraquece o sistema respiratório, acumula toxinas e acidifica o organismo. Uma respiração que é feita de maneira consciente e pausada oxigena mais o cérebro; fortalece os pulmões e a musculatura abdominal; alcaliniza o sistema, aumentando a imunidade; além de focar e acalmar a mente.

Sempre que você perceber que está respirando de maneira acelerada, descompassada ou no piloto automático, coloque atenção na sua respiração: sinta o ar entrando e saindo pelas narinas, perceba a sua temperatura, identifique os músculos e as partes do corpo que se movimentam a cada respiração.

Uma boa respiração acontece com três fatores principais:

1) na barriga (assim como os bebês respiram ao dormir): inspire relaxando a musculatura abdominal (a barriga e as costelas se expandem), expire contraindo (a barriga desce e as costelas se fecham);

2) com pausa – prenda o ar nos pulmões segurando a respiração por alguns segundos, antes de expirar;

3) com foco na expiração: solte o ar pelo dobro do tempo em que inspirou, se preocupando mais em se esvaziar do que em se alimentar de ar. A entrada do ar é natural porque sem ela não sobrevivemos, mas a exalação muitas vezes acontece “pelas metades”, o que acumula toxinas e tensões no nosso organismo.

Alterne esforço e descanso

Costumo dizer para minhas alunas que no Yoga, como em tudo na vida, devemos alternar esforço e descanso na mesma proporção. Nunca deixe de separar um momento para não fazer nada, para esvaziar a mente, ou simplesmente para fazer o que te dá prazer, depois de se esforçar física, mental e emocionalmente, e depois de um longo dia de trabalho ou de qualquer outra situação que te traga cansaço. Os instantes de descanso e lazer devem sempre ser proporcionais em intensidade e importância aos de esforço, e você nunca deve emendar uma atividade ou um dia de muito gasto energético no outro, sem a pausa para o reestabelecimento das energias, do espaço da mente, da respiração. Assim funciona o próprio corpo humano: um dia de atividades e movimento, para uma noite de repouso. Negligenciar as pausas nos adoece.

Antes de uma próxima respiração há uma pausa, entre um pensamento e outro há uma pausa, o movimento é feito de pausa, ainda que imperceptíveis e pequenas, mas seu efeito é grandioso.

E aí, vamos começar a aplicar essas três dicas simples em nosso dia a dia para cuidar com muito carinho de nosso corpo?

No próximo artigo trarei dicas para cuidar da saúde da mente! Vamos juntas?!

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